que se proliferam para as outras frutas,
como uma praga—
folhas amareladas,
murchas. Opacas. Sem vida.
Vermelhos que se desfazem,
como pétalas murchas, caindo ao chão,
frutos outrora vivos, agora secos,
como promessas que o tempo corroeu.
O vento que passa, leva tudo,
enchendo o jardim de nada,
um beija-flor que já não vem,
deixando o doce virar amargo.
Nem o sol me toca mais quando estou no jardim,
sombras que me lembram do que poderia ter sido.
Mas não foi.
Cheio de nuances, olho para os morangos mofados,
invadindo o meu jardim e roubando a beleza de mim.
Tantas esperanças para nós,
tantos anos me dedicando,
para, no final, a porra dos meus morangos mofarem,
no meu jardim, consumindo tudo.
Agora, vou ter que jogar toda essa merda fora,
arrancar o que restou, deixar a terra seca,
para que nada mais cresça aqui.
Nunca mais quero morangos no meu jardim.
A tristeza agora é raiz, e no fim,
o silêncio do meu jardim é o único eco que me resta.
O ciclo que se quebra,
o fim de mais uma tentativa.