Há tamanhas ondas num oceano,  
que eu, tão pequenino, morro de medo ao entrar.  
Tu seguraste minha mão,
para que eu pudesse confiar em você.
Ah… o mar se revoltou.
Ali não era para nós.
Tu seguraste minha mão,
para que eu pudesse confiar em você.
Ah… o mar se revoltou.
Ali não era para nós.
Você me disse, com olhos animados,
que as águas eram apenas um reflexo da alma.
Mas o céu estava distante,
e o mar – esse mar espelho da alma –
se estilhaçou em mil pedaços
que eu mal pude tocar.
Havia a lua, hábil em me seduzir,
mas não me avisou da tempestade.
Agora, eu sou a própria onda,
que se quebra a cada movimento,
impossível de juntar.
Nada mais se repete,
nem mesmo o seu nome.
Eu tentei entender
os labirintos de seu olhar,
mas me perdi na correnteza.
E você?
Você se afasta, mas age como se nunca quisesse ter me soltado.
E eu, naufraga, só encontro ecos
de uma promessa que se afasta para longe.
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário