Relógio. Tic-tic. Cinco anos.
Anos que se esvaziam de mim.
Uma ampola de areia, cada grão, uma memória.
Mas há um furo. Um furo por onde escapou o sonho que eu tinha.
Anos que se esvaziam de mim.
Uma ampola de areia, cada grão, uma memória.
Mas há um furo. Um furo por onde escapou o sonho que eu tinha.
Tentei tampar o furo com as mãos, mas era inútil.
Quanto mais eu tentava, mais a areia fugia, zombando da minha pressa – pressa em te ter.
O relógio não tinha pressa, nem piedade. Tic-tic, tic-tic.
Só mais um alguém perdendo o que um dia foi tudo.
Se eu parar de olhar para a ampola, se eu parar de ouvir o som do relógio,
o tempo deixaria de me roubar?
A ampola deixaria de pingar?
E eu... aprenderia a parar de chorar?
 
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