Cheguei.
A cidade grande me engoliu,
prédios altos como monstros de vidro e aço,
fumaça suja me enche os pulmões,
e o barulho—
o barulho é um grito que não cessa.
Ainda assim, algo brilha.
Algo aqui me arrasta.
Euforia.
Euforia que me renova, me explode.
Garoto do interior,
sou agora só um pedaço,
uma peça nesse caos,
pronto para tudo—
dancemos, então.
Mas eu?
Quem sou?
Essa cidade me tomou.
E eu a ela.
Euforia.
Euforia, onde me perdi?
Eu queria ser mais que um eco.
 
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