Claro que é gin, alguma delas estaria com você,
olhando pra sua cara bonita que queima como o inferno,
dói como o corte mais profundo.
Eu do outro lado, segurando cada pedaço, cada memória.
“Por que você age assim?”
Me questionei como agia… com cuidado, preocupação, amor?
Não. Essa porra não é mais amor.
Não vem quando deve,
porque você me acusa de maneira herrôndia,
quando bate tão forte que falta ar e vejo estrelas —
forte demais pra ficar,
fraco demais pra não ir,
o vento que insiste em escancarar a janela
mesmo quando você só quer dormir.
Distância que nunca soube medir ou respeitar.
Termino,
desfaço,
desisto —
mas volto,
olho,
falo…
e sei.
Eu sei que você ama.
E você sabe que eu também.
Um jogo sem regras,
onde cada aproximação minha parece invasão.
Mas delas?
Delas são cuidado, são novidade…
ou sei lá mais que porra você quer definir isso.
Queria ser casulo, abrigo, proteção,
mas você só quer voar, sem direção.
Paira ao redor de borboletas vazias,
ilusões passageiras, mentiras fugidias.
E eu? Só fico com o peso do que não tem fim,
um amor quebrado… como a garrafa do teu gin.
E elas? Te admiram, sem saber sequer o que passa dentro de você.
Mas quem sou eu pra dizer… eu também não sei.
Não sobra carinho, nem esperança, nem dança,
só o corte, o vidro, a lembrança.
Você voa — eu me estilhacei.
Você bebe — eu me afoguei.
E agora? Que se foda vocês.
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