como quem quer tudo apagar.
Sem nojo, sem peso, sem cerimônia,
só o cheiro barato da sua vingança.
Seu coração pesou quando ele te tocou?
Sua mente travou quando acordou?
Se reafirma pra tantos, como se soubesse quem é,
mas se esconde da alma suja de café.
Nas madrugadas, vem testar a minha fé,
diz que sou o erro, depois pede meu abraço,
como se o meu peito ainda fosse teu espaço.
Finge ter crescido, finge que mudou,
mas tropeça na carência que nunca cessou.
Bate na porta, cheia de outros sinais,
mas querendo o mesmo colo de tempos atrás.
Nada do que eu faça te limpa da dor,
não dá pra esquecer o que matou o amor.
Você cuspiu no que a gente construiu,
com cada facada que o tempo engoliu.
Isso não é amor..., é só veneno em flor,
um gosto amargo que causa pavor.
E ainda assim, entre crises e drama,
posta frases prontas, se enrola na trama:
"Eu não sou uma pessoa horrível" —
como se isso te deixasse evoluir.
Mas você foge do espelho, foge de si,
com o peito revirado, o sono em pedaço,
lembrando de cada sombra no nosso pedaço.
Você pede por respeito, fala em moral,
mas vive num teatro tão banal,
e cobra carinho da mesma entrega.
Se eu te entregasse tudo de volta,
as plantas do jardim morreriam de forma fatal.
Imoral.
Não somos abrigo, nem teu chão,
somos uma grande dependência,
só restou silêncio e decepção.
E ela pesa mais do que tua ausência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário