Devolvo tudo.
As promessas que você quebrou com o riso nos lábios.
As noites em que eu fiquei sem dormir enquanto você fazia show para a plateia errada
Os ‘eu te amo’ que você disse com gosto de mentira.
A porra da saudade que você usava como coleira em mim.
Devolvo até as lágrimas — agora secas, mas com gosto de vômito.
Você quer dançar?
Então dança, porra.
Mas não volta pra esse peito.
Não volta pro terreno que você fez questão de destruir e depois chamou de jardim.
Você não é flor.
Você é veneno que aprendeu a parecer perfume.
E eu bebi de olhos fechados, achando que era amor.
Mas agora é só nojo.
E cansaço.
E esse grito preso que, juro por tudo,
um dia vira silêncio.
E quando virar,
você vai sentir falta até do meu ódio.
 
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